15º Bora?! - 25 a 27 de Março de 2016

15º Bora

 

O tempo passa rápido e a 15ª Edição do Bora?! vem a todo vapor! Hora de colocar os pés na estrada e rever os amigos! O destino da vez será a bela região do Sul de Minas.


Localizada no sopé da Serra da Tormenta, Carmo do Rio Claro guarda segredos que os visitantes vão se encantar ao desvendá-los. Ao longo de suas belas cachoeiras, o turista também terá a oportunidade de conhecer o Lago de Furnas, que ocupa aproximadamente 221 km² de rara beleza, com um lindo espelho d'água e moldado por verde encantador. Os carmelitanos apresentam também um artesanato rico em relíquias de gerações passadas e também iguarias como geleias e doces, em calda e cristalizados.

 

 A história de Carmo do Rio Claro começa a ser traçada em meados do século 18. Os primeiros habitantes das terras ao redor da Serra da Tormenta foram os índios caiapós e alguns negros alforriados que montaram seus quilombos. Próximo à serra, descia um rio de água límpida e cristalina, batizado pelos índios de "jeticaí". O nome atual tem origem na invocação a Nossa Senhora do Monte Carmelo, vinculado à ordem dos carmelitas. Rio Claro é fruto do rio que corria rente à Serra da Tormenta e desaguava no rio Sapucaí.


O arraial de Nossa Senhora do Monte Carmo começou a se estruturar na segunda metade do século 18, com aproximadamente 500 habitantes, numa mistura de brancos, negros e índios. Em 1770, uma capela foi erguida às margens do rio Sapucaí em homenagem ao Senhor Bom Jesus do Itacy.


Por volta de 1780, tem-se o primeiro registro de padre no arraial: João Manuel de Carvalho. Em 1809, com uma população de mais mil habitantes, o arraial tornou-se distrito. A capela ficou agregada à Matriz de Nossa Senhora da Assunção de Cabo Verde; nessa época, o distrito pertencia à província de São Paulo. O vilarejo começou a se desenvolver com a chegada de pessoas vindas da região das minas, como São João del-Rei, conhecidas como "entrantes". No início, eles estavam apenas de passagem, mas alguns resolveram se fixar, formar fazendas e levar as famílias, o que transformou a cultura de subsistência daquele povo em cultivos destinados ao mercado, com o objetivo de acumular riquezas.


A produção das lavouras e da pecuária só era possível através da mão de obra escrava, o que originou as senzalas nas fazendas. Para estabelecer a ordem e a organização do distrito, bem como realizar demarcação de terras, criou-se um juizado de paz e um distrito policial. Conforme registros, em 1830, ambos os cargos haviam sido ocupados pelo vigário da igreja, João Martins. Com a lei, criaram-se regras, denominadas de "Posturas", principalmente no que se referia à demarcação de terras, à conservação das estradas e à produção agropecuária. Em 1837, foi realizado um censo no arraial que obteve os seguintes resultados: população de 1.285 habitantes, um terço dos quais eram escravos.


A tradição do artesanato em Carmo do Rio Claro teve origem na segunda metade do século 18, com os escravos, que plantavam e colhiam o algodão com a finalidade de usar os fios para tecer. O tear era uma peça comum a quase todas as casas da época. Não só os escravos teciam; a tecelagem er a praticada por todos da família, ou seja, era uma prática familiar e doméstica. Até 1848, o arraial do Carmo pertenceu à Vila de São Carlos do Jacuí. Dois anos mais tarde, o arraial foi transferido para a Vila Formosa do Senhor dos Passos, o que fez com que todas as decisões administrativas referentes ao arraial dependessem de Passos. No final do século 19, já havia água canalizada, a economia agropecuária se fortalecia, o comércio crescia e aumentava também o número de pessoas alfabetizadas.


Por esses motivos e pela estrutura e organização que apresentava, em outubro de 1875, o arraial carmelitano torna-se vila, e o primeiro prefeito empossado foi José Balbino da Silva. No dia 19 de julho de 1877, durante a sessão da Câmara, o vereador Dias indicou que se fizesse uma representação ao presidente da Província solicitando a elevação da vila à categoria de cidade. Quatro meses depois, no dia 5 de novembro de 1877, a Assembleia aprovou a Lei n° 2.416, transformando a vila na cidade de Carmo do Rio Claro.


Portanto, quem for visitar Carmo do Rio Claro vai descobrir uma cidade rica em sua história, mas principalmente conhecer a tranquilidade, a alegria, a afetividade e a cordialidade do povo carmelitano em apresentar as belezas naturais dessa terra surpreendente.

 

 

Texto: Descubra Minas  / Senac

http://www.descubraminas.com.br/Turismo/DestinoApresentacao.aspx?cod_destino=30

 

 

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